quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Como em uma história.

Para ouvir ao som de Lykki Li - I Know Places.

Todo final é um começo... É isso que fico me dizendo constantemente. Li em algum lugar que quando repetimos muito uma coisa, eventualmente acabamos acreditando nela. Há alguns dias aconteceu uma coisa engraçada, é... Aconteceu uma coisa engraçada. Descobri que não sei lidar muito bem com o que eu sinto. Ok, isso não é engraçado, mas quero ver de maneira positiva. Sempre tento olhar pelo lado bom, já que eu li em algum lugar que se eu ficar repetindo algo ela vai se tornar realidade pra mim... Então sempre olho pelo lado positivo, até me convencer de que ele é o certo. Mas como eu dizia, todo fim é um começo. O problema é que não sei como. Como chego lá? É como se fosse um filme da Disney, que eu vi quando eu tinha uns 5 anos. Tem sempre uma história na qual a princesa é muito triste e passa por um monte de coisas, como comer uma maçã envenenada, ser encantada por uma bruxa para se espetar e dormir eternamente, ser humilhada pela madrasta, etc, etc, etc... Ela passa por tempos difíceis, sofrendo e ficando sozinha. Até que conhece o príncipe encantado, que a resgata e todos vivem felizes para sempre.
Já falei que não sei lidar com o que sinto, o que não falei é que sempre senti que era uma dessas princesas, que teria todo o sofrimento e encontraria meu caminho, com alguém maravilhoso ao meu lado. Não sei se vi muitos filmes quando criança e acabei acreditando nessa realidade, já que quando você repete algo muitas vezes acaba acreditando que aquilo é verdade... Mas eu sempre acreditei nisso. E há alguns dias eu percebi que não sei perder as coisas e lidar com o que eu sinto.
Há alguns dias eu perdi alguém pra vida, perdi alguém pras minhas escolhas, pro tempo, pra falta de conversa, pra falta de compreensão, pro silêncio... Eu perdi alguém e não sei lidar com o que eu estou sentindo. Fico repetindo, “Todo final é um começo”, pra quem sabe encontrar esse tal de começo e conseguir entender esse tal de ‘sentimentos’, que continua querendo sair de mim. Queria um mapa, pra poder nele encontrar o começo, jogar o ‘sentimentos’ pela janela do meu carro e seguir pela estrada do otimismo. Mas como na minha vida não existe príncipe, bruxa ou “e eles viveram felizes para sempre”, não existe estrada ‘otimismo’ e um lugar pra recomeçar. Existe uma dúzia de sentimentos e existe um ‘eu’. Um ‘eu’ que ‘não sei lidar com o que eu sinto’.